segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Mentes Modernas: Mais do que Multitarefa, Dr. Phil Maffetone

Tradução de Modern Minds: More than Multitasking, do Dr. Phil Maffetone

Fonte: http://philmaffetone.com/modern-minds-more-than-multitasking/


Focar em mais do que uma atividade por vez pode melhorar sua habilidade de fazer isto, e ao mesmo tempo impulsionar sua função cerebral.

Humanos ficam mais fascinantes na passaagem do milênio. Parece que foi ontem que aprendemos que o mundo era redondo, desenvolvemos álgebra, e desenvolvemos os meios para voar. E como todo mundo na era digital sabe, nós podemos agora fazer duas ou mais coisas ao mesmo tempo. Podemos mesmo?

Os seres humanos têm sido multitarefa por eras. Quando esta habilidade é desenvolvida corretamente e com segurança, ela pode de fato melhorar a capacidade de multitarefa em si e ao mesmo tempo aumentar a função cerebral. Entender mecanismos de multitarefa pode literalmente ajudar a função corporal inteira a ficar melhor pois fazer isso dispara vários benefícios terapêuticos internos através de atividade cerebral e fluxo sanguíneo aumentados.

Para mim, multitarefa é fazer simultaneamente duas ou mais  coisas muito bem. Ou várias, ou às vezes mesmo muitas. Note a ênfase em muito bem. Isto vai além de caminhar e mascar chiclete ao mesmo tempo. Ter uma conversa importante com alguém enquanto ele ou ela está distraído em suas outras tarefas no celular provavelmente não é uma boa conversa. E todos nós sabemos sobre os riscos de falar ao telefone enquanto dirigimos.

Tudo o que fazemos é parte de uma multitarefa, que inclui fazer cada tarefa única com a alta qualidade merecedora desta obra-prima chamada cérebro. Durante o fazer de multitarefas, cada tarefa deve receber a mesma atenção que receberia se fosse nossa única tarefa. Quer envolva cozinhar, atividades no jardim, ou juntar dados digitais, cada tarefa é uma parte separada porém intrincada de outra, e de geralmente mais tarefas, todas gerenciadas por um cérebro. Um ótimo chef pode preparar uma deliciosa referição de quatro pratos para 10 pessoas tão boa — alguns diriam melhor — do que uma refeição por vez. Um ótimo clínico irá avaliar o paciente de várias formas tudo de uma vez — enquanto observa o movimento do corpo, escutando a qualidade da voz, sentindo o odor, tomando notas ou tomando a pressão sanguínea, e formulando a próxima questão relevante. Nós todos queremos ser ótimos humanos.


Frequentemente o cérebro está fazendo várias tarefas subconscientemente. Por exemplo, eu logo irei parar de escrever este artigo, permitindo que várias áreas do cérebro assumam e meditem sobre o rascunho. Retornar a ele um dia ou dois depois irá geralmente trazer resultados muito bons  — uma nova descrição, uma linha final melhor, uma contagem de palavras reduzida. Este tipo de multitarefa pode também ocorrer enquanto dormimos, com uma versão mais fresca do rascunho do texto assim que acordamos. Nós frequentemente acordamos com ideias novas pelas mesmas razões.

Enquanto a mente humana faz multitarefa bem, algumas pessoas são também altamente eficientes em fazer multitarefa física também.

Pode o cérebro de fato executar duas ou mais tarefas motoras  — algum tipo de manobra corporal  — tão bem quanto pode separadamente? Provavelmente não precisamente, mas próximo, especialmente quando praticado. Malabarismo é um exemplo comum, mas não é muito diferente de lavar pratos enquanto cozinha um par de itens no forno, faendo quatro diferentes cafés do Phil ao mesmo tempo, e tocando música, que exige várias manobras físicas e mentais precisas. Sem dúvida algum grupo de psicólogos fez algum experimento em algum lugar medindo quantos erros são feitos. E sem dúvida havia muita multitarefa envolvida naquela pesquisa — dinâmicas de grupo compôem uma lista intrigante de atividades do tipo multitarefa, e de errros humanos.

Uma outra forma de multitarefa é sentir o movimento na mente. Isto pode realmente fazer os neurônios trabalharem, por assim dizer, ligando caminhos motores para músculos em preparação para ação no caso de você de fato querer executar a tarefa. Esta imagem mental tem sido por longo tempo utilizada em uma variedade de esportes com aplicações óbvias. Pense sobre seguir um certo caminho através das árvores, ou uma rota pela cidade. Enquanto estas ações mentais por si só são um grande exercício mental, elas também são a base para memorizar grandes volumes de material. E se você comete um erro durante suas viagens, não fique frustrado demais  — o cérebro não gosta de hormônios do estresse.

De volta à questão do erro humano, que pode ocorrer, e de fato ocorre durante multitarefa física e mental. Considere o uso de celulares enquanto se dirige e o risco aumenatdo de acidentes. Conversas sem as mãos ainda são multitarefa, e ainda podem aumentar o risco, assim como uma discussão com um passageiro.

Se nós conscientemente tentamos focar em um evento dentro de uma multitarefa isto pode levar a erros, como bater seu carro. É por isso que, mesmo à distância, você pode perceber que outro motorista está falando ao telefone — o veículo desacelera quando o motorista está falando ou digitando, um reflexo do cérebro para reduzir a velocidade na esperança de diminuir o nível de perigo.

Parece que nosso mundo digital moderno acelerado nos força a fazer multitarefa mais, como se tivéssemos mais a fazer estes dias. Nós temos encontros de negócio ou discutimos questões sensíveis enquanto dirigimos, ou durante o almoço.

Apesar de eu gostar de minha mente multitarefa ao olhar para a natureza ou para fora de uma janela de avião, outros  não conseguem fazer isso. Alguns de fato se sentem desconfortáveis se não há nada na frente deles para fazer multitarefa. Eles parecem estar sentados calmamente, mas o cérebro está furioso — isto se mostra nos dedos remexendo ou nas pernas inquietas, giros rápidos de cabeça e olhos correndo.

Gerenciar nossas múltiplas tarefas pode envolver aprender como desistir. Nós devemos ter algumas de nossas zonas de conforto colocadas em nosso dia, não importa quão ocupados aparentemos estar. Enquanto nesta zona, assim como em nossos sonos de noite completa, devemos desligar o estresse. Dirigindo o carro, comendo uma refeição, ou relaxando depois de um dia ocupado são momentos para dar à mente uma pausa curta. É o momento ideal para liberar todas estas outras coisas que estão acontecendo na cabeça   — e deixar nossa mente lidar com isso subconscientemente. Nós podemos literalmente mudar nossas mentes ao recrutar nossos outros sentidos, como ao cheirar as rosas. No carro, por exemplo, podemos escutar música agradável — da mesma forma nos horários de refeição enquanto saboreamos os sabores e aromas da boa comida. Voltar a multitarefas mais óbvias após esta pausa curta irá fazer a mente — e o corpo todo — mais eficiente, mais criativo, economizar tempo, e nos ajudar a cometer menos erros.

Muitas pessoas já fazem multiarefa muito bem, apesar de alguns ainda não terem consiciência disso. Outros não fazem bem. Independemente, permitir que a mente faça mais é um dos seus prazeres, e uma outra forma de exercitá-la, de um ponto de vista neurológico.

Neste caso, multitarefa é mais do que um jogo — fazê-la traz mais sangue circulante ao cérebro pois mais centros estão ligados, mais nutrientes entram, mais neurônios se conectam uns aos outros, portanto melhoram nossa rede neuronal. Tudo levando a um cérebro melhor mais capaz de fazer multitarefa — e fazer tudo o mais — mais eficientemente. 


Um comentário:

  1. Legal, lembro que li ou escutei algo que dizia que fazer algo manual aumenta a capacidade de pensar e criar...cai nesta questão de multitarefa...pense, enquanto a vovó tricota, você acredita mesmo que ela está dedicando suas capacidades mentais só nesta tarefa...

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