quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Entrevista com o Dr. Álvaro L. A. Pacheco

O Dr. Álvaro L. A. Pacheco (Clínica Saint Joseph) é um dos profissionais de saúde paleo/lowcarb recomendados no blog do Dr. Souto (que já entrevistei aqui). Como ele atende em Curitiba, fiz questão de entrevistá-lo para o blog. Leia abaixo:

1) Como e quando o senhor tomou conhecimento das dietas low-carb/paleo?
Há cinco anos em um Simpósio Internacional com o Dr. Thierry Hertogue, da Bélgica. Considero-o a maior autoridade mundial em hormônios e metabolismo. Há cerca de 1 ano, acompanho tudo o que o Dr. Souto, do Rio Grande do Sul, publica no seu blog, assim como estudo a literatura mundial.


2) Ao se mainfestar pró-lowcarb/paleo, o senhor encontrou alguma resistência da classe médica ou de nutricionistas?
Procuro evitar polêmicas. Respeito a opinião dos colegas médicos e nutricionistas que pensam diferente. A ciência é dinâmica e não existem verdades absolutas. Meu melhor argumento são os resultados em qualidade de vida, perda de peso e melhora dos indicadores de saúde.



3) Ao tratar pacientes, que indicadores o senhor considera importantes para verificar se uma pessoa está evoluindo?

A informação é tão importante quanto a motivação. A pessoa precisa conhecer a teoria para estar convencida dos benefícios da dieta lowcarb/paleo.
Os indicadores clínicos são muitos. Ocorre melhora da energia, memória e humor. Sintomas como enxaquecas, tonturas e distensão abdominal diminuem com a retirada do trigo. A diminuição da circunferência abdominal é esperada, com consequente melhora dos exames de laboratório, como os marcadores inflamatórios e de risco cardiovascular.

4) O senhor é o primeiro médico a recomendar lowcarb/paleo na região de Curitiba?
Não tenho certeza. Mas conheço outros colegas que adotam esta linha com excelente padrão científico.

5) O senhor tem alguma mensagem específica para passar aos leitores deste blog (em sua maioria corredores)?
Aos corredores que necessitam emagrecer, posso afirmar que, após 2 ou 3 semanas de adaptação, com o consumo máximo de 100g/dia de carboidratos, já obtém-se resultados. O organismo do atleta produzirá energia para os músculos, coração e cérebro, devido à cetose, sem a necessidade de mais carboidratos.
É claro que existem situações específicas, como competições ou treinamentos intensos de longa duração, que requerem suplementos e orientações na área de fisiologia e nutrição esportiva.

4 comentários:

Deixe seu comentário! Não uso verificação de palavras.